1) Criança aprende mais rápido
Rubens Heredia, gerente acadêmico da Cultura Inglesa, conta nesta entrevista que na prática a afirmação é lenda urbana. O assunto é controverso, há teóricos que defendem a existência de um “período crítico” de aprendizagem no nosso cérebro. Mas fato é que – segundo muitos estudos sobre o tema – em muitos aspectos são os adultos que na verdade aprendem uma segunda língua mais rápido! Por que, então, temos a impressão de que os pequenos são mais ligeiros?
Basicamente, porque o vocabulário das crianças é menor e exige menos complexidade do que o de um adulto – por isso a impressão de que eles atingem fluência mais rápido. Além disso, criança tem normalmente mais tempo para se dedicar ao aprendizado e é menos self-conscious – tem menos vergonha de se expor, por exemplo, o que pode ajudar na conversação.
O mito é verdade, porém, em um quesito: pronúncia. Por uma questão fisiológica, crianças têm mais facilidade em diferenciar e reproduzir novos sons (por isso que quem muda ainda criança para outro país costuma não ter sotaque quando cresce).
Este paper da Universidade da Califórnia destrincha o mito em detalhes. Ser adulto não é desculpa para não aprender inglês!
2) Professores nativo é melhor
Mito dos brabos! Como diz David Crystal, um dos papas do ensino do inglês no mundo: “‘All sorts of people are fluent, but only a tiny proportion of them are sufficiently aware of the structure of the language that they know how to teach it”.
Você sabe falar português perfeitamente, mas será que você seria um bom professor? O fato de um falante nativo dominar seu idioma não significa que ele tem qualificação para ensinar este idioma para outras pessoas, ou que ele sabe identificar e superar as dificuldades dos não-nativos.
3) Aprender de verdade, só morando fora
A grande vantagem de se morar no Reino Unido, EUA ou outro país falante do inglês é o tempo de exposição e as diferentes situações nas quais você vai precisar usar, absorver e se virar com o idioma. É sempre mais efetivo aprender vocabulário, por exemplo, dentro de um contexto! Mas com os métodos modernos de ensino e a fantástica internet, é perfeitamente possível aprender inglês eficazmente mesmo morando numa ilha deserta. Além disso, tem gente que mora há anos fora e ainda não fala inglês, e vice-versa.
4) É preciso perder o sotaque para falar direito
Muita calma nessa hora! Falar inglês com sotaque não quer dizer falar “pior” ou “menos fluente” – quer dizer apenas falar com sotaque. É parte da personalidade de cada um. E, pense bem, todo mundo tem sotaque de algum lugar, principalmente os britânicos (lá o sotaque muda mais ou menos a cada 50km!). O importante, portanto, não é o sotaque e sim a pronúncia
5) Tem gente que não leva jeito
Mesmo na própria língua nativa, a gente aprende sem perceber algo novo todo dia – não há razão para imaginar que o cérebro não vai saber lidar com o aprendizado de outro idioma (veja o que dizem os neurocientistas de Cambridge).
Tem gente que é mais tímida para conversar, ou tem mais vergonha na hora de cometer erros, tem gente que tem um ouvido mais apurado, ou já fala outras línguas e consequentemente tem atalhos para aprender mais uma… mas com a devida dedicação, todo mundo leva jeito
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