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Certificações Internacionais, Dicas de inglês

Níveis de inglês: entenda o Quadro Europeu Comum de Referência (CEFR)

Você já parou para pensar em como são testados os níveis de inglês de uma pessoa? Existem vários conjuntos de critérios estabelecidos mundo afora, e um dos mais importantes é o Common European Framework of Reference for Languages (CEFR).

O CEFR serve, entre outras coisas, como base para a criação de alguns dos testes de proficiência mais relevantes. Por essas e outras, é interessante que você o conheça.

Neste post, vamos mostrar o que é o CEFR, os motivos que fazem dele um padrão utilizado por várias instituições e o que define cada um dos níveis de inglês de acordo com essa referência. Continue com a gente e aprenda!

O que é o CEFR?

O Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas é um padrão internacional criado com o objetivo de identificar as habilidades linguísticas de uma pessoa. Foi desenvolvido ao longo de muitos anos, mas publicado pelo Conselho da Europa em 2001. O nosso foco aqui é no inglês, mas saiba que ele pode ser usado para qualquer idioma.

Portanto, ele não é um teste, mas pode ser um norteador na elaboração de um. O CEFR estabelece capacidades esperadas de um falante de acordo com níveis de inglês preestabelecidos, que vão do A1 até o C2, englobando as seguintes habilidades:

  • interação oral;
  • produção oral;
  • escuta;
  • leitura;
  • escrita.

Por que o CEFR é importante?

O CEFR é relevante por diversas razões. Veja algumas delas na sequência:

  • conferir clareza às avaliações de proficiência em uma língua;
  • contribuir para a elaboração e seleção de materiais de ensino, tendo em vista cada nível;
  • ajudar o aluno a monitorar o seu progresso no aprendizado da língua;
  • servir para o professor ter ciência do que os aprendizes são capazes de fazer em cada estágio do aprendizado e, assim, avaliar as necessidades de seus alunos/suas turmas;
  • desenvolver cursos e programas de treinamento de professores.

Quais são os níveis do CEFR?

Agora que já vimos o que é o CEFR e os motivos pelos quais ele é um recurso importante, vamos saber quais são os níveis de inglês que o CEFR estabelece?

Primeiramente, os níveis são divididos em 3 grupos maiores:

  • básico (A);
  • independente (B);
  • proficiente (C).

Dentro de cada um desses grandes grupos, há 2 subdivisões. Veja informações com mais detalhes na sequência.

Básico (A)

A1

O A1 é o nível mais elementar de todos. Aqui, o falante consegue executar ações como:

  • cumprimentar pessoas;
  • apresentar-se;
  • perguntar os valores das coisas;
  • realizar processos básicos em aeroportos e hotéis, como check-in;
  • fazer perguntas simples, por exemplo, onde o interlocutor nasceu e onde mora.

Quanto à forma de receber informações, também é capaz de compreender sentenças mais simples, desde que o interlocutor fale pausadamente e coopere ao se comunicar.

A2

Segundo na escala, o falante do nível A2 está apto a:

  • compreender e se comunicar com falas curtas a respeito de assuntos que lhe são familiares, por exemplo, os relacionados ao trabalho;
  • socializar de forma superficial com outros falantes de inglês;
  • relatar histórias pessoais consideradas relevantes por ele;
  • solicitar ajuda médica e descrever eventuais problemas de saúde;
  • falar sobre atrações de entretenimento e que ele gosta, como séries e filmes;

Embora consiga comunicar de forma elementar sobre o que gosta, uma pessoa no nível A2 ainda não consegue, por exemplo, compreender a maior parte do que é dito em séries e filmes.

Como é de se imaginar, falantes nos níveis de inglês básicos estão aptos a lidar com algumas situações envolvendo viagens internacionais a turismo, por exemplo, mas não com circunstâncias mais complexas, como entrevistas de emprego. Vamos agora ao nível de inglês independente?

Independente (B)

B1

O próprio termo informa: a pessoa com nível independente já tem certa autonomia para se comunicar em inglês. Sendo assim, ela consegue, entre outras coisas:

  • criar discursos um pouco mais longos e elaborados a respeito de assuntos pessoais e que lhe são familiares;
  • descrever situações além das básicas, por exemplo, projeções pessoais e profissionais;
  • falar sobre relacionamentos;
  • lidar com mais desenvoltura com a maior parte das situações que possa enfrentar em um país no qual o inglês é o idioma falado;
  • exprimir opiniões de forma breve.

B2

O falante inserido no nível B2 é capaz de:

  • absorver os principais significados de textos complexos;
  • discutir assuntos técnicos relacionados às suas áreas de interesse, pessoais e profissionais;
  • fazer recomendações de leitura e explicar o porquê de suas recomendações;
  • falar sobre aspectos da sua vida financeira;
  • comunicar-se de forma mais espontânea;
  • conversar a respeito de assuntos variados, como as notícias atuais.

O nível de inglês independente também é conhecido como intermediário.

Proficiente (C)

C1

A pessoa proficiente inserida no nível de inglês C1 pode:

  • compreender textos complexos em sua totalidade, inclusive, reconhecendo aspectos implícitos;
  • estruturar bem as frases;
  • apresentar um discurso organizado, articulado e coeso;
  • conseguir se comunicar de forma fluida;
  • ter um vocabulário extenso;
  • falar sobre uma grande variedade de assuntos, nas esferas acadêmica, profissional e pessoal.

C2

Aqui, chegamos ao último nível da escala, também conhecido como Domínio Pleno. Esse é o falante não nativo que mais se aproxima daquele que é. Sem fazer maiores esforços, a pessoa inserida no nível C2 consegue:

  • compreender praticamente tudo o que lê e ouve;
  • reconstruir e resumir argumentos e fatos;
  • comunicar-se de forma espontânea;
  • ser exata na entrega da informação;
  • distinguir variações sutis de significado em situações complexas.

O nível de inglês proficiente também é conhecido como avançado e fluente.

O padrão CEFR é o usado em algumas das certificações em inglês mais expressivas, por exemplo, International English Language Testing System (IELTS), Test of English as a Foreign Language (TOEFL) e as oferecidas pela Universidade de Cambridge.

Chegamos ao final deste artigo destacando a importância de você manter a continuidade dos seus estudos de inglês. Quanto mais você avança, mais se espera que seus níveis de inglês subam nessa escala — o que, como vimos, é muito útil em diversos contextos da vida, seja pessoal, seja profissional.

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